A ti que te escrevo, a ti que me lês, a ti que de mim te lembras mesmo quando não me vês..

Saturday, October 02, 2004

Um Olá.. para partilhar.. ou não!!


Aqui de novo estou eu sentado a escrever-te..

Hoje vou-te contar a estória de um "Olá" que ficou para a história dos "Olás".. A J. estava mortinha por estar com o H. e quando digo mortinha não quero dizer fria como um cadáver. Muito pelo contrário, o sangue dela estava tão quente que a ebulição a fez tremer de cima a baixo. Ela parecia uma vara ao vento conforme o via a caminhar na direcção das bilheteiras e só parou mesmo de tremer quando se sentou a ver o filme, duas horas depois.. Eu não conheço a estória deles desde o inicio, sei apenas que perdem muito tempo a falar na net em vez de se encontrarem e conversarem frente a frente. A verdade é mesmo essa, que eles poucas vezes viram a cara um do outro, o que provoca, penso que em ambos, um medo aterrador de fazer má figura. É que por detrás de um teclado eles são maravilhosos amigos, consta até que ele é uma outra pessoa quando está a falar com ela, mas frente a frente.. bem .. err.. são uma verdadeira desgraça. Pareciam dois putos (sem querer magoar os putos) da preparatória.. Ele chega a arrastar os pés, ela ouve alguém a dizer "Olha o H.", ele pára a olhar para o placar, ela vira-lhe as costas com um sorriso "parvo" na cara, ele chupa da palha enfiada no copo vazio, ela lança um olhar às amigas, ele finge que inda não a viu, ambos fazem de conta que os respectivos amigos ainda não lhes disseram que o outro está ali, a 3 passos de distância, ela pergunta às amigas se ele ta a olhar, ele sabe disto então encosta-se ao balcão com o olhar fixo em tudo menos nela, ela pensa "Oh não, esou presa ao chão", ele diz "Daqui não saio daqui ninguém me tira", a amiga dela que também os conhece, decidindo salvar a situação antes de se tornar incomoda, dirige-se a eles e comprimenta toda a gente, ela vê-se quase obrigada a seguir a amiga porque se não o fizer pode deitar tudo a perder, ele fica parado no mesmo sitio aguardando que ela faça alguma coisa, ela roda por toda a gente sabe que não o pode deixar para ultimo porque senão terá de falar com ele, ele vê-a a chegar e lança um "Olá", ela com uma trava na língua balbucia a resposta: "Olá", dão-se ao ritual dos dois beijos na cara, ele a controlar-se para manter o aparato, ela para não cair com o tremer dos joelhos.. e é então que tudo acontece, ela cumprimenta mais duas pessoas e.. volta para junto das amigas.. ele volta ao seu ar de importante e devolve a sua atenção aos amigos..
A isto se resumiu o seu contacto directo por toda a noite.. incrível, uma operação com imenso tempo de preparação (uma tarde), com tanta logística envolvida (a deslocação até ao Arrábida), com montanhas de dinheiro envolvido (o que foi gasto nas mensagens de telemóvel) para contactar uma enorme equipa de acção (constituída por 3 pessoas) tudo a postos para prestar todo o apoio e obter o melhor resultado possível da operação, a ser estragado no fim pelos dois personagens interessados que se limitaram a dizer "Olá".
Do lado dele, não sei como continuou a noite, mas do lado dela a situação deu para ocupar as duas horas que tivemos de aguardar para o inicio da nossa sessão.
Eu disse à J. que não valia a pena estar naquele momento (após o acontecido) a preocupar-se se ele teria estado a olhar, com a reacção dos amigos, com as acções dele, com a possibilidade dela ter feita má figura, com o que quer que fosse.. O que acontecera acontecera,e já não havia volta a dar..
Bem, deu para ela se aperceber que tem de estar de caras com ele, mas sozinha, de forma a que ele não se sinta inibido pela presença de amigos e ela se possa sentir à vontade para ser ela própria..
E perder o medo.. sim, perder o medo de algo correr mal.. isso é importante..
Estarei aqui a escrever a minha próxima carta, por isso, espera por mim.. Posted by Hello

1 Comments:

Blogger Johnny_Be_Good said...

k grande novela, fico a espera do proximo episodio

10:39 AM

 

Post a Comment

<< Home