A ti que te escrevo, a ti que me lês, a ti que de mim te lembras mesmo quando não me vês..

Saturday, July 14, 2007

Wishlist


I wish I was a neutron bomb, for once I could go off.
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on.
I wish I was a sentimental ornamnet you hung on
The christmas tree, I wish I was the star that went on top,
I wish I was the evidence
I wish I was the grounds for fifty million hands up raised and opened toward the sky.

I wish I was a sailor with someone who waited for me.
I wish I was as fortunate, as fortunate as me.
I wish I was a messenger, and all the news was good.
I wish I was the full moon shining off a camaro's hood.

I wish I was an alien, at home behind the sun,
I wish I was the souvenir you kept your house key on.
I wish I was the pedal break that you depended on.
I wish I was the verb to trust, and never let you down.

I wish I was the radio song, the one that you turned up,
I wish, I wish, I wish, I wish,
I guess it never stops
.

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Saturday, May 20, 2006

O fim..


Nunca nos ensinam o que fica para lá do adeus.
É uma das injustiças da vida, que quando o adeus chega ficamos nas nossas próprias mãos.
Continuo sem perceber porque insistem em ensinar-nos a ver as horas, a apertar os cordões, a ser educado, a ter maneiras à mesa, a ler e escrever se na altura do adeus, ou no pós-adeus, já não estamos a contar as horas para estarmos em certo sítio com um certo alguém porque esse alguém já não olha para as horas à nossa espera, não nos queremos calçar porque não faz sentido saír de casa, não vale a pena ser educado porque pouca vontade temos de falar com quem quer que seja, de nada nos servem as maneiras à mesa porque a fome desaparece no fim tal como no início, ler já não é bom porque olhamos o mundo com outros olhos e escrever só nos leva a passear pelas memórias e nos enterrar-mos em depressão e profunda tristeza..
Não custava nada tentar, umas simples palavras de preparação, assim como quem ensina a andar de bicicleta e diz: "Não te preocupes, hás-de cair muitas vezes." também podiam dizer: "Vai ser horrivel, vais andar com os olhos aguados, com o nariz entupido, com respiração curta e pesada, dificilmente vais abrir os olhos e não vais ter vontade de mexer uma palha.. em suma, vais ficar catatónico.." E podiam acabar com um cliché: "Vais ver que com tempo isso passa, tudo passa."
Mas também.. os sentimentos não se ensinam, ninguém pode prever qual será o tamanho da avalanche que irá desabar. Já é bom para mim, talvez, saber que isto passa, um dia..
ou uma noite..
agora é uma questão de tempo..
de quanto?
muito.. pouco..
não faço ideia.. nem quero pensar nisso..
não tenho vontade..
ainda me agarro à ideia que as coisas boas não irão mudar.
Essas não, eu não vou deixar.
Tenho de ser forte para as manter.. são elas que me vão manter, que me trazem aqui a escrever..
Eu sei o que fica para lá do adeus.. fica um até amanhã.
Amanhã estamos cá outra vez.

Sunday, January 09, 2005

O (Rodrigo) Leão e a sua "Rosa"


Devia estar a dormir??
Definitivamente..
Não por estar cansado, que até estou, nem por ter à minha espera um dia em cheio para amanhã, mas sim porque se eu estivesse a dormir não estaria agora com esta espécie de dor. Sim, esta dor de estar sozinho, no meu quarto, de volta ao melhor lugar do mundo, à minha cadeira, este suporte desconfortável que ampara aos meus sentimentos, aos meus pensamentos e certamente se tornaria o fim de linha destas minhas lágrimas que insistem em ficar nos meus olhos e que, por não caírem, me fazem tremer de cada vez que aqui paro para escrevinhar..
Nesta altura da noite eu inda olho o céu e descubro que ele está mais azul..
Descubro?
Não.
Sinto.
Não é o céu que está diferente.
Eu é que o sinto diferente, vejo-o com outros olhos, e mesmo quando os fecho continuo a sentir. O meu corpo enfraquece por ter perdido a sua força, ou por ter ganho uma nova, ou por se encontrar a braços com algo diferente, algo nunca sentido por mim, algo que me impede de adormecer mesmo na fraqueza desta espécie de dor. Esse algo que me entregaste com prazo de validade incerto, algo incalculável pelo tempo, essa temida ideia abstracta que não me permitirá alguma vez completar por palavras o que sinto. Nem a sussurrar, sem o ruído da minha voz, apenas com o calor da minha respiração que magicamente te arrepia, nem assim te conseguirei falar desta espécie de dor que é estar longe de ti, saber-te aqui tão perto e não te poder olhar, penetrar nos teus olhos e sem medo descobrir o fim, desconhecido mas certo, deste amor que vai acabar..
O que esperar?
Não sei e muito sinceramente não quero saber.
Como explicar?
Explicar o quê?
Não há necessidade de entender nada, porque para entender é necessário pensar e "pensar é estar doente dos olho"”. Por isso, e porque o meu coração insiste em me mostrar que a vida é fugidia, que não espera por quem fica para trás, é que eu me decido a sentir, a abraçar esta saudade diária que completa esta espécie de dor que eu sinto..
..quando fecho os olhos e vejo o céu mais azul..
..quando abro os olhos para te encontrar de novo à minha frente..
..quando deslizas o teu carinho pela minha face e me entregas a tua paixão nos meus lábios tremidos..
..quando me fazes sentir amado com toda esta espécie de dor..
.. que me afecta..
..me magoa..
..e que me faz sentir vivo além de qualquer limite..
Não sei explicar
Mas é mesmo assim o amor.

Até porque a flor é outra..
 Posted by Hello

Sunday, December 12, 2004

A tristeza da segunda oportunidade


Boa noite linda.

Hoje escrevo sobre algo que todos desejam,
algo que todos merecem,
algo que todos deviam dar,
algo que não recebe o devido valor,
algo que parece causar muita dor para ser dado,
mas que causa uma maior dor quando se recebe.
Escrevo sobre a dor duma segunda oportunidade.
Quando causamos dor, o seu corpo estremece,
quando vemos os lábios dessa alma magoada e percebemos
que eles tremem, tal como os olhos aguados
que choram essa horrível ferida que abrimos sem dó
nem piedade.
Quando sentimos o desespero da sua voz fugidia
como a vida que não quer ficar,
então sabemos que o mal está em nós,
percebemos que nada nem ninguém poderá reparar
nem consertar o que está partido, nem sarar esse brinquedo
com que brincamos descuidadamente,
sentimos que não poderemos voltar a sorrir,
que essa peça de porcelana que tomamos por joguete
jamais nos aquecerá como o fizera até agora.
Então o nosso corpo estremece
os nossos lábios tremem e os olhos choram
e a ferida abre-se em nós para nos fazer realizar
que o amor nos atinge de volta.
que a magoa nos atinge de volta.
que tudo está perdido.
que o desespero está à porta dos nossos olhos
procurando fazer mal ao nosso coração
e separá-lo da nossa alma.
Mas as pálpebras estão fechadas,
seladas com o beijo sentimental do perdão.
O escudo do amor com o qual essa pessoa nos protege,
suplantando a dor que a nossa lança em si infligiu
e aquecendo o frio que petrificou os nossos corpos,
transforma essa fragilidade,
transforma-nos a ambos
e aí somos atingidos pela feliz tristeza da segunda oportunidade.
De aprender e corrigir
porque alguém nos quer ensinar.
De crescer e sentir
porque alguém nos mostra o caminho
para fora da incerteza, do medo, da insegurança,
para dentro de si, do seu ser, do seu bem mais precioso
a sua alma e o seu coração que têm uma mão dada
e a outra estendida
direcionada ao nosso coração e à nossa alma.
Ter uma segunda oportunidade é ter uma chance de valorizar
para não voltar a desmanchar.
Dar uma segunda oportunidade é ser-se mais grande,
é sofrer a dor e oferecer a cura
é chorar para dar de beber
a quem nos secou a garganta,
é ser humano e viver
e mostrar ao mundo como é que se faz alguém feliz.
 Posted by Hello

Sunday, November 14, 2004

Posso dar-te um beijo?


Bom dia, querida amiga.

Ontem foi o dia com o qual todos os outros se compararão daqui em diante..
Existe uma terra neste país que só existe para mim, um local que toda a gente pode visitar, mas que ninguém alguma vez sentirá como eu..

Excepto uma pessoa..

Aguarda por mim. Se me demorar é porque lá estou e sei que me perdoas sabendo que estou bem..
 Posted by Hello

Tuesday, November 02, 2004

Vejam que desdita, não fosses tu bonita..


Aproveito para te contar uma pequena historinha, algo que achei engraçado enquanto folheava o livro de português da 4ª classe da minha maninha..
Não vais gostar tanto como eu, mas mesmo quero partilhá-la contigo..

Levava eu um jarrinho
P'ra ir buscar vinho,
Levava um tostão
P'ra comprar pão.
E levava uma fita
Para ir bonita.

Correu atrás
De mim um rapaz:
Foi o jarro p'ra o chão,
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita...
Vejam que desdita!

Se eu não levasse um jarrinho,
Nem fosse buscar vinho,
Nem trouxesse uma fita
P'ra ir bonita,
Nem corresse atrás
De mim um rapaz
Para ver o que eu fazia,
Nada disto acontecia.

"Poema para a Lili"
Fernando Pessoa, Obras Completas IX

Agora perguntas-me o que tem o poema de especial.
Bem, também não o sei..
Talvez o titulo..
Talvez..

Em breve voltarei com mais, para ti..
 Posted by Hello

Monday, November 01, 2004

A condição humana após mais um crepe..


Ola miuda linda...

Tou aki a fim de te resumir um dia um tanto quanto agitado. Não é que tenha acontecido algo de especial, mas teve algumas coisas improváveis e não muito fáceis de digerir..
Em primeiro lugar passei quase todo o dia um pouco nervoso e de alguma forma ansioso, porque na noite de sábado, devido a problemas técnicos, deixei uma conversa pessoal a meio. Ficou assim, pendurada, sem um final concreto. Mas o dia continuou.. A meio da tarde fui com o J. e a J. ter com a S. ao shopping a fim de estarmos um pouco na conversa, lancharmos e possivelmente combinarmos o que fazer à noite.. Combinar como quem diz, elas já sabiam o que iam fazer, só faltava saber se eu e o J. alinhavamos.. Continuamos na conversa, totalmente dominada pelo J. com as suas estórias capazes de pôr toda a gente a rir e deixar perplexos os mais cépticos, como parecia ser o caso da S. Claro que isso só aconteceu porque ela não conhece os personagens destas estórias..
Voltando à vaca fria, continuamos a conversar aguardando pela L., mas a fome começava a apertar e como nós estávamos em frente à Maison dês Crepes e os crepes já tinham sido tema da nossa conversa, nós, rapazes, decidimos dar uma dentada num crepe. Quando voltamos com o tabuleiro e o crepe já a L. estava na mesa. Mal começamos a tirar os talheres de plástico da embalagem, já elas se estavam a levantar para ir buscar um também.. sabes como são as raparigas, não podem ver nada..
E foi assim que, ao contrário do que alguns amigos nossos pensam, o J. se sentou a comer um crepe de chocolate, essa bomba calórica que não faz mal a ninguém.. ou não faz bem a ninguém.. não sei, é uma das duas. E sabes que mais? Ele gostou..
Pronto, estava tudo combinado, o crepe comido, já se fazia tarde por isso decidimos voltar a casa.
Foi aqui que a segunda coisa improvável se sucedeu, a conversa que tinha ficado pendente na noite anterior, contra todos os meus receios e os meus desejos de que continuasse pendente, teve um fim. Acabou. Disse o que tinha a dizer e ficamos por ali. Acho até que ela agora preferia não ter sabido, mas minha amiga, ninguém a mandou ser curiosa.. :^) O único problema é que agora a bola está no lado dela, vamos a ver que jogada ela fará..
A noite continuou, eu fui tomar um banho para ver se parava de tremer e me acalmava, e depois saí, ao encontro do J. Fomos ter com as babes e com o N. E fomos pa disco sound. Escusado será dizer que mal lá chegamos desistimos da ideia, o ambiente estava podre e apinhado e o porteiro não nos deixou entrar por estarmos desequilibrados, mas tínhamos um plano melhor, rumo à ribeira, onde iríamos estar sentadinhos a beber um cafezinho e a conversar mais um pouquinho.
Enfim fomos atingidos pelo sono e não tendo grande vontade para fazer algo diferente, voltamos a casa para pôr termo ao dia.
Assim foi..
Assim me despeço com mais um Até Breve..

Fica por aí..
 Posted by Hello